Paz, eu quero paz



Na semana em que completo 31 anos, mais especificamente na minha sessão de terapia, eu pude perceber a riqueza que me trouxeram meus últimos 365 dias. O mal se transformou em desafio, e o aprendizado não cabe em definições.

De uma situação, tirei vários pontos de vista, o melhor deles: sei, agora e exatamente a partir do instante em que escrevo esse texto, o lugar no qual eu quero chegar.

Resumo. Bagagem, poética e literal. Presente, no sentido real e metafórico. É aí que eu começo esse novo ano. Me dando o direito de pensar em ser apenas eu mesma. Descobrindo o prazer de me calar na hora certa. E quem me conhece por apenas um dia desses 11.315 dias de vida, sabe o quanto isso está sendo difícil. E o meu único pedido nessa nova primavera é que eu encontre a tal piscina de que falamos, Sérgio.

Eu tô pronta pra molhar a ponta do dedo nessa imensa e profunda piscina que é a paz. E, só de imaginar, já experimento a sensação de estar presente comigo, de sentir pela primeira vez em 271.560 horas nesse mundo o gostinho do que é estar plena. E quem sabe um dia mergulhar mesmo que ainda não seja tão fundo, profundo.

Estar plena é o primeiro passo rumo à paz que eu tanto desejo e nem sabia querer. E o que passa a ser o meu mantra toda noite no meu valioso Japamala.

Quando a gente encontra a paz, o outro passa a ser simplesmente o outro, você se liberta, em todas as instâncias, porque o outro passa a estar no lugar que ele merece estar: nele mesmo e não em mim. E é exatamente nesse ponto de encontro com a paz, é exatamente nessa interseção que eu quero chegar.

E chegar inteira. Porque estou juntando os pedaços. E faz parte se repartir pelo caminho se você se encontrar de corpo e alma no final.






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