Eu, ela e elas



Fui tomada de assalto quando vi aquele emaranhado de ferros pela primeira vez. Os poros já guardavam no arrepio todo o frenesi daquele primeiro encontro. Aos primeiros passos, o vazio. Em mais alguns deles, a descoberta. Lá estava ela. Pronta desde muito tempo, me esperava. E palavras não podem descrever aquele momento.

Uma polissemia de sensações, um arrepio estremecedor. Como pode tanto ferro despertar aquilo tudo em mim? Foi amor à primeira vista, ainda que tivéssemos nos visto inúmeras vezes. Mas nunca ao vivo, nunca tête-à-tête.

E em plena luz do dia, aquele lugar fez-se cidade-luz. É piegas, mas não há outra forma de expressar aquela primeira vez. Era como se estivéssemos somente eu e ela, ali, paradas, uma de frente pra outra, num puro estado de contemplação. As lágrimas eram meras coadjuvantes naquele milésimo de segundo em que nossos olhares se cruzaram, e por isso foram suprimidas. Não seria justo que se manifestassem em meio a tanta gente desconhecida. Aquele momento era pra ser só nosso, e na verdade foi, porque quando olhei pra ela pela primeira vez, aquele instante era só meu. Au revoir!

Ps: indispensável registrar que, nesse exato momento, duas pessoas se fizeram presentes de carne, osso, corpo, alma e com suas máquinas devidamente a postos. Vivi e Priri, essa crônica da nossa vida real é pra vocês. <3

Um comentário:

  1. Foi um momento lindo! Obrigada pela homenagem <3. Bjo, Viviane.

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