Novas (velhas) promessas


Todo final de ano é a mesma coisa.

Você enfrenta o mesmo shopping lotado, porque sempre deixa tudo pra última hora. Você escreve os mesmos textos na agência desejando sempre os mesmos votos, de empresa pra empresa. Você come em excesso no Natal porque nunca consegue se livrar da deliciosa rabanada, do suculento tender, do esplêndido salpicão, sem falar nos milhares de tipos de doces que assolam sua dieta.

No final, você sempre faz listas. Sim, as mesmas promessas, desde que se entende por gente. E por incrível que pareça, nada muda de pessoa pra pessoa.

Minto. Muda sim, mas só a forma de escrever e desejar.

Amor. Dinheiro da Mega Sena. Trabalho. Mais dinheiro. Sucesso na profissão. Novas amizades. E reencontrar as antigas. Visitar os parentes distantes e os que moram ao lado. Amar mais um pouco. E viajar. Na maionese e de avião. O que importa é se jogar na estrada, real ou imaginária.

Então, se é que eu posso te dar um conselho - que se fosse bom, eu dava também porque sou péssima pra negociar - eu te digo: não faça listas.

Pare de prometer o que não vai cumprir. Ao invés de escrever uma lista e guardá-la no fundo da gaveta, viva cada item. Uma vez uma grande amiga me disse que eu devia planejar menos. E eu te repasso essa dica: ouse não planejar, deixe as coisas acontecerem. E não só em 2015. Mas no resto da sua vida. Com certeza, você não vai se arrepender. Já das listas abandonadas, não posso dizer o mesmo.


3 comentários:

  1. Conselho aceito Juju...Bjs

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  2. Eu me emocionei! Tava precisando ler isso hoje amiga!

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  3. Arranjei uma colega, diga-se de passagem, que não constava no meu planejamento pra 2014. E foi bom demais. Nó. Ela sabe, e tem dito, que o não planejado é ensejo pro novo. Como diz o poeta, a firmeza é feita da inconstância. E segue doravante.

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